Desde o início da gestão Bolsonaro, foram assinados 57 atos legislativos que enfraqueceram as regulamentações ambientais — metade durante os sete primeiros meses da pandemia de covid-19. Houve também queda de 70% na aplicação de multas ambientais.
Entre os projetos considerados prioritários para o governo federal neste início de ano, a ferrovia EF-170, conhecida como Ferrogrão, deve começar a ser licenciada em abril. A previsão é que…
Acompanhar a devastação do Cerrado nas últimas décadas é um exercício necessário, sobretudo porque o desaparecimento do bioma compromete a segurança hídrica e alimentar do Brasil. A savana mais biodiversa…
Empresas e governos têm insistido na privatização de terras em todo o mundo como forma de obter recursos econômicos valiosos, de acordo com relatório do Oakland Institute, organização sediada na…
Entre abril e novembro, o governo da Bahia liberou 1,9 bilhões de litros para captação diária por projetos agrícolas no oeste do estado. A irrigação em larga escala oferece grande risco para as comunidades tradicionais da região.
Quem viaja ao extremo oeste da Bahia se vê cercado por lavouras de soja preenchendo toda a faixa entre o horizonte e as margens de rodovias federais, como a BR-135,…
Quase um quinto da soja e dos grãos do Brasil já correm pelos rios da Amazônia. Um boom na construção de portos fluviais privados, com pouca supervisão governamental, ameaça ainda mais os cursos d'água da região.
Credenciamento de plantas é permeado por pressões políticas e econômicas. Exigências ambientais são ignoradas enquanto pecuária impulsiona desmatamento da Amazônia.
Em setembro, o Tribunal de Justiça da Bahia deu razão à tese de que as terras da fazenda Gleba Campo Largo, no oeste baiano, foram griladas. A fazenda pertence à Caracol Agropecuária Ltda., empresa que por quase uma década foi financiada por um fundo da universidade norte-americana de Harvard.
Segundo novo levantamento do MapBiomas, 87,2 milhões de hectares de áreas de vegetação nativa foram destruídos de 1985 a 2019. Metade na Amazônia.
De acordo com um estudo publicado na revista Science, ao menos um quinto das exportações agrícolas do Brasil para a União Europeia pode estar ligado ao desmatamento ilegal. Utilizando conjuntos…
Estima-se que mais de 80% da soja produzida nas fazendas onde houve desmatamento ilegal seguiu para mercados internacionais, principalmente China e União Europeia. Maior produtor e exportador da soja brasileira, Mato Grosso é pioneiro em termos de transparência de dados.
Há dois anos, Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste vêm registrando chuvas abaixo das médias históricas, prejudicando culturas agrícolas. Segundo boletim recente do Cemaden, órgão do governo federal, um dos responsáveis é o próprio agronegócio.
Relatório recente mostra que a universidade norte-americana, uma das mais respeitadas do mundo, investiu pesado em terras na região do Matopiba, nova fronteira agrícola do Cerrado. São áreas marcadas por crimes ambientais e violações de direitos contra agricultores.
Nova pesquisa afirma que grandes reservas protegidas legalmente são necessárias para que os povos indígenas mantenham seus meios tradicionais de subsistência.
Mesmo sabendo que as atividades da Minerva apresentavam riscos de desmatamento, trabalho infantil e conflitos de terra, o fundo internacional injetou US$ 85 milhões na empresa, que se tornou a maior exportadora de carne na América Latina. Ainda há dúvidas, porém, se o frigorífico cumpriu à risca as contrapartidas socioambientais previstas no contrato.
Novo estudo detectou mais um entre os já muitos impactos do desmatamento no Cerrado: alterações no clima. A perda de vegetação nativa tem provocado aumento de temperatura no bioma, que afeta diretamente a produção de milho, uma das principais commodities da região.
Commodities agrícolas foram as grandes responsáveis por incêndios na Amazônia, segundo estudo que cruza dados da Nasa com cadeias de suprimentos das empresas.
Pela primeira vez, Ibama e ICMBio têm o Estado como adversário. Censura, perseguição e exonerações são a nova rotina desde a posse de Jair Bolsonaro. “O Salles veio para destruir por dentro a área ambiental”, diz uma servidora, referindo-se ao ministro do Meio Ambiente.
Estudo revela que área desmatada de 4.500 km² na Amazônia está pronta para ser queimada, o que pode agravar problemas respiratórios na população e pressionar sistema de saúde