O Brasil irá lançar um novo sistema de monitoramento de desflorestamento de alta resolução que será capaz de detectar derrubada de florestas mesmo com tempo nublado.
Em uma declaração feita na segunda-feira, a ministra do meio ambiente Izabella Teixeira disse que o INDICAR – Indicador de Desmatamento por Imagens e Radar – está sendo desenvolvido para melhorar a capacidade de monitoramento de Brasil, já consideradas de primeira linha. O sistema usará dados do satélite ALOS da agência espacial Japonesa, que é equipado com radares que penetram nuvens e sensóres óticos, permitindo que o Brasil pela primeira vez meça a perda florestal quando a visibilidade estiver obstruída por nuvens. Atualmente, o Brasil monitora o desflorestamento de ano em ano mas faz sua observação anual no final de julho quando as nuvens são mínimas na Amazônia.
Melhor resolução
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O INDICAR identificará áreas de desflorestamento maiores que 10 hectares, uma melhora em relação ao DETER (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que atualmente é usado para detectar derrubadas de floresta quase em tempo real, mas é limitado por sua resolução reçativamente grosseira de 25 hectares. Já que que o DETER perde uma proporção significativa do desflorestamento, o Brasil depende do PRODES (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento), que pode detectar áreas de desflorestamento maiores que 6.5 hectares, para dar a determinação final do que foi desmatado de ano em ano. O Instituto Nacuonal de Pesquisa Espaciais do Brasil (INPE) diz que dados do DETER não deveriam ser usados para estimar taxas anuais de desflorestamento.
Desflorestamento diminui em Agosto
Izabella Teixeira disse que os dados mais recentes do DETER mostram que o desflorestamento na Amazônia permanece baixo, com 256 quilômetros quadrados de floresta derrubada em Agosto de 2010, 47% menor que os 498 quilômetros quadrados derrubados em Agosto de 2009. Imagens finais para o período Agosto 2009 – Julho 2010 serão divulgadas em Novembro.