Estudo da NASA mostra que o aquecimento global diminuirá as chuvas no Leste da África, piorando a fome
Um estudo da NASA mostra que o aquecimento global diminuirá as chuvas no Leste da África, agravando a fome
Rhett A. Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
29 de Agosto, 2008
Um novo estudo da NASA encontrou uma ligação entre o aquecimento do Oceano Índico e as reduzidas chuvas no leste e sul da África. Os rsultados sugerem que o aumento da temperatura do mar poderia exacerbar os problemas da fome em algumas das regiões mais famintas do continente.
Analizando as informações de chuvas sazonais no Oceano Índico e a costa leste da África desde 1950 a 2005, os pesquisadores descobriram que as chuvas no leste da Africa durante a estação chuvosa declinaram cerca de 15 por cento desde os anos 80. Mais chuvas estão aparentemente caindo sobre o oceano do que sobre o continente. A Etiópia, Kenia, Tanzania, Zambia, Malawi e Zimbabue tem sido afetados.
“Os últimos 10 a 15 anos tem tido particularemente perigosos declinios nas chuvas em ecossistemas sensíveis no Leste da da Africa, como a Somalia e o leste d a Etiopia,” disse o co-autor, Molly Brown do Centro de Vôo Espacial Goddard da NASA. “Nós queriamos saber se a tendência continuaria ou se começaria a chover mais.”
As stas mostram o movimento simulado da umidade, e as cores azuis e vermelhas indicam as variações de temperaturas de frio para quente na superficie do mar. Crédito: Mathew Barlow/Universidade de Massachusetts |
Dez dos 11 modelos mostraram que até 2050, as chuvas sobre o Oceano Índico continuariam a aumentar, privando o Leste da África de chuvas.
“Podemos ter certeza de que o declinio nas chuvas tem sido substancial e continuará a ser,” Funk disse. “Essa queda de 15 por cento a cada 20-25 anos é provável que continuar.”
Os pesquisadore então avaliaram o impacto do declinio das chuvas sobre a produção de alimentos. Será que vai continuar a tendência da seca, a equipe descobriu que o numero de pessoas subnutridas aumentará em mais de 50 por cento no leste da Africa até 2030. No entanto aumentar a capacidade agrícola na regiao através do uso de fertilizantes e sementes e inovação de colheitas poderia abrandar alguns danos, reduzindo o número de pessoas desnutridas em 40 por cento.