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Emissões do desflorestamento pelo aumentado crescimento das árvores na Amazonia

Emissões de compensações de carbono do desflorestamento pelo aumentado crescimento das árvores na Amazonia

Emissões do desflorestamento pelo aumentado crescimento das árvores na Amazonia
Rhett A. Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
10 de Março, 2008





Um aumento no sequestro de carbono pelas árvores na Amazonia tem aproximadamente compensado total de emissõess do desflorestamento na região desde 1980. Um novo estudo, publicado em Transações Filosóficas da Royal Society B, essa tendência pode diminuir no futuro, fazendo com que a maior floresta úmida do mundo se torne uma fonte de emissões de carbono e portanto contribuindo com a mudança climática.



Sob um projeto de monitoração a longo prazo conhecido como ‘RAINFOR‘ (Rede Amazonica de Inventários Florestais ou Amazon Forest-Inventory Network), uma equipe internacional de cientistas descobriram que o antigo crescimento das florestas na Bacia Amazônica absorveu pelo menos 490 milhões toneladas de carbono — ou 1.8 bilhões de toneladas de dióxido de carbon — por ano desde o início dos anos 80. Supondo que os componentes da biomassa e lixos folhosos também aumentaram proporcionalmente, os pesquisadores estimam que o antigo crescimento da floresta dissipado na Amazônia tem sido de 790 milhões de toneladas de carbono por ano, uma quantidade aproximadamente igual ao das emissões de carbono do desflorestamento da Amazônia. Resumindo, porque suas árvores estão estocando mais carbono, a Amazonia tem sido uma fonte de emissões de gases de efeito estufa apesar da perda de cerca de 200.000 milhas quadradas (520.000 km quadrados) de floresta desde 1980.



“Longe de serem sistemas estáticos, a evidência mostra que o antigo crescimento das florestas na Amazonia tem sido mudado de formas repentinas por décadas agora,” explicou o Dr. Oliver L. Phillips, autor líder e um pesquisador do Instituto de Terra e Biosfera da Escola de Geografia da Universidade de Leeds. “A taxa na qual as árvores crescem e morrem (‘retorno’) tem aumentado, e com os ganhos no crescimento que geralmente tem liderado os ganhos na mortalidade de forma que as florestas estão provendo uma dissipação de carbono a longo prazo. A magnitude dessa dissipação tem sido aproximadamente igual à grande fonte do desflorestamento da Amazônia.”


Phillips e colegas dizem que enquanto essa taxa aumentada de sequestro de carbono tem ajudado a compensar emissões do deflorestamento, maior respiração das plantas devido à mais altas temperaturas, mortalidade aumentada resultado da seca, e maior distúrbio da floresta poderiam transformar a Amazônia em uma rede de fonte de emissões, piorando o aquecimento global.



“Existem boas razões – tais como elevado risco de seca em um clima em mudança – para pensar que essa dissipação acabará em breve, e também a taxa potentialmente elevada em dióxido de carbono atmosferico,” Phillips contou a mongabay.com.



“Qualquer mudança da dissipação de carbono à fonte teria profundas implicações no clima global, na biodiversidade e no bem estar da humanidade, enquanto a aceleração documentada do crescimento das árvores e mortalidade podem já estar afetando as interações entre milhões de espécies,” escrevem os autores.



Phillips diz que enquanto há ainda muitas incertezas de como a Amazônia irá responder ao desflorestamento e á mudança climática, monitoração contínua irá ajudar os pesquisadores a entender as previsões para futuras mudanças na região.



“Esses resultados são baseados em novas medições cuidadosas de dúzias de locais florestais a longo prazo pela Amazonia, pela RAINFOR rede de engenheiros florestais e ecologistas,” disse Phillips. “Eles mostram a importância vital de ter monitoração a longo prazo, padronizada no solo para descobrir como as florestas estão respondendo ao nosso mundo em modificação.”



Oliver Phillips et al (2008). A Floresta Amazônica em mudança [ACESSO ABERTO LIVRE]. Phil. Trans. R. Soc. B, DOI: 10.1098/rstb.2007.0026



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